Meus livros sobre escrita

Estou querendo criar um grupo de pessoas sérias, que estão querendo ou já estão escrevendo um livro, para trocar informações, ideias. Quem tiver interesse me adicione no whatsapp 11-95206,5758, ou por e-mail marco.agf@hotmail.com


ESTE É O ÍNICIO DO MEU PRIMEIRO LIVRO

TITULO: O AMULETO - (SUSPENSE)
PRÓLOGO

Terry estava cansado de arrumar tanta bagunça. Todo dia era a mesma coisa, um monte de papelada, livros, encomendas, caixas, tudo que chegava à universidade tinha que passar pelo seu departamento, sua função era separar tudo, guardar o que era para o seu departamento e despachar o restante para os demais departamentos.

O seu departamento era um dos maiores da universidade, pois lá estava guardada toda papelada dos anos anteriores, tanto de alguns professores, quanto da própria universidade, para uma espécie de consulta posterior, às vezes alguém pedia uma pesquisa de seis anos atrás e ele tinha que saber onde guardou. Na sua enorme sala, cheia de prateleiras com caixas até o teto, ele guardava tudo por ordem de ano, assunto, período, etc, era bastante organizado quando conseguia guardar e classificar tudo, só que ele não pode trabalhar durante dois dias, e sua sala estava agora lotada de coisas para serem classificadas e guardadas.

Terry estava separando toda aquela montanha de objetos, quando deparou com um embrulho que não continha remetente e muito menos destinatário. Geralmente quando chegava algum pacote em sua sala, ele enviava imediatamente para o seu destinatário, e quando não havia destinatário enviava para o reitor. Porem aquele pacote lhe chamou a atenção, pois nele havia um emblema no canto superior direito, de uma caveira, como aquelas que se põe em venenos. Não era seu costume abrir nenhum pacote, mais resolveu que aquele ele iria abrir, pois estava muito curioso.

Terry abriu o pacote com o maior cuidado para não rasgar o papel, pois se fosse preciso ele fecharia novamente a caixa e levaria até o reitor como se estivesse intacta. Depois que retirou o papel, deparou-se com uma caixa que parecia ser muito velha, ainda mais curioso abriu a caixa e dentro havia alguns papeis com estranhas palavras escritas que ele não entendeu, um livro muito antigo, mais o que lhe chamou a atenção foram dois amuletos em forma de cruz, mais com várias inscrições nas mesmas palavras dos papeis e alguns desenhos com formas estranhas, como se fossem de animais e toda cheia de brilhantes. Ele ficou observando um desses amuletos quando reparou que na sua ponta havia uma espécie de tampa. Aquela cruz continha algo dentro dela, poderia ser alguma droga ou talvez ouro em pó. Ficou imaginando que se fosse qualquer um dos dois, poderia se dar bem. Se fosse droga, seria fácil vender na universidade, havia muitos garotos viciados lá, mais se fosse ouro seria melhor ainda, pois estava precisando de dinheiro. Tentou abrir a tampa mais não conseguiu, aquilo podia estar fechado há muito tempo e talvez estivesse emperrado, por isso não conseguia abrir. Resolveu guardar um dos amuletos e fechou a caixa e embrulhou novamente como se ela nunca tivesse sido aberta. O reitor jamais saberia que o pacote foi aberto e retirado de lá qualquer objeto. O reitor tinha toda confiança nele. Terminou de fechá-la e foi levar o pacote ate a sala do reitor, quando voltasse para a sua casa tentaria abrir o seu amuleto.

Quando chegou em casa foi direto para a sua garagem. Sabia que tinha guardado seu alicate lá, e com ele poderia abrir o amuleto. Revirou a garagem toda para encontrar o que queria. Foi para a sua sala, e como de costume primeiro ligou a televisão e foi para a cozinha, precisava de uma cerveja. Pegou uma na geladeira tomou um gole e agora estava preparado para abrir seu tesouro. Terry pegou o alicate e começou a forçar a tampa do amuleto que estava muito difícil, parou tomou mais um gole de cerveja, respirou fundo e fez toda a força que tinha para abrir o amuleto, quando de repente sem querer ele sentiu em sua mão que parecia que algumas daquelas figuras estavam se soltando, começou a mexer em uma delas quando a tampa se moveu.


Era como se fosse um cofre – pensou Terry – a tampa se abre movendo-se as figuras. Começou então a ver qual das figuras teria que mover para fazer com que a tampa se abrisse. Depois de várias tentativas, descobriu que tinha que mover duas ao mesmo tempo para a tampa se abrir. Quando conseguiu de dentro do amuleto começou a sair uma fumaça esverdeada, mais que o deixou petrificado diante dos desenhos que ela formava. Aquela fumaça verde parecia que estava tomando forma. Ficou paralisado olhando, quando toda a fumaça saiu do amuleto, ele arregalou os olhos, queria gritar, mais não conseguia, ficou apenas olhando sem poder acreditar naquilo que seus olhos estavam vendo, até que soltou um enorme grito de terror e caiu no chão de sua cozinha.

Capitulo 1

Samanta acordou com um péssimo humor, estava se olhando no espelho e não estava gostando nada do que estava vendo, estava com olheiras e aquilo não era nada bom. Sempre que dormia pouco ficava com olheiras, mais ela sabia como resolver e sabia que logo seu humor iria melhorar. Ficou observando atentamente no espelho as particularidades de seu rosto. Era uma mulher bonita, com olhos verdes e boca sensual com lábios grandes e bem contornados, mais aquelas olheiras não combinava em nada com aquele rosto bonito. Não devia ter ficado até tarde da noite lendo e fazendo as suas anotações, mais não havia como parar de ler, era uma mulher decidida e gostava de ir até o fim de suas pesquisas, não importando o resto. Sabia que isso não era bom, sabia que uma boa noite de sono deixaria sua cabeça muito melhor no dia seguinte para continuar suas pesquisas, mais esse era um dos seus defeitos, quando começava a ler e a escrever era difícil parar, parava só quando seu corpo não agüentava mais.
Foi para o banho. Isso sim é um enorme prazer, deixar a água escorrer pelo seu corpo, fazendo com que haja uma renovação em sua alma. Pelo menos era o que pensava.
Depois de 35 minutos no chuveiro, voltou pra frente do espelho para verificar novamente seu estado. Gostou do que viu, melhorou muito sua aparência. Caminhou até seu closet e gastou mais 10 minutos escolhendo a roupa que iria usar. Era uma mulher muito vaidosa, gostava de se vestir bem. Pegou um tailer azul que lhe cairia muito bem para aquela terça-feira, estava um dia bonito, com sol e o céu com poucas nuvens. A previsão do tempo dizia que não iria chover, então ela não precisava se preocupar. Ela acreditava nesses programas de previsão do tempo, e sempre que podia assistia no dia anterior para poder se arrumar na manhã seguinte.
Antes de começar a se arrumar, foi até o espelho do seu quarto para dar mais uma olhada no seu corpo. O espelho era para corpo inteiro. Olhou todo seu corpo, como se estivesse procurando algum defeito, não encontrou nenhum. Samanta tinha um corpo muito bem escultural, já estava com 32anos, mais tinha um corpo muito melhor do que muitas mulheres de sua idade e até de mulheres mais novas. Sabia que isso se devia ao fato de não ter tido filhos e que fazia um pouco de exercícios, quando lhe sobrava tempo, e isso era o que lhe diferenciava das outras mulheres.
Após se arrumar e se pintar, gostava disso também, achava que toda mulher devia estar maquiada, e ela não abria mão de se pintar. Achava que a pintura lhe dava um realce melhor, apesar de muitas pessoas terem lhe dito de que ela não precisava deste artifício, pois sua beleza era natural, sem necessidade de completar nada.
Desceu para o piso inferior de sua casa, escutou barulho vindo da cozinha. Sua empregada já estava lá, como todos os dias, preparando o seu café da manhã. Juntou todas as papeladas que havia deixado em cima da mesa da sala na noite anterior e foi para a cozinha.
- Bom dia Sofia, teve uma noite boa? Perguntou Samanta.
- Bom dia Samanta, estou bem, e a senhora?
- Sofia, já lhe disse para não me chamar de senhora, é somente Samanta, esta bem?
Sofia era uma senhora de 52 anos, e já estava trabalhando na casa de Samanta a mais de sete anos. Tinha ela como filha, mais não perdia a mania de chamá-la como senhora. Era algo que estava com ela, foi educada assim. Sempre trabalhou em casa de família, e todos os seus antigos patrões exigiam que fossem tratados como senhor e senhora, e era difícil esquecer isso.
- Esta bem Samanta. Como passou a noite? Pelo jeito foi dormir tarde outra vez, não é mesmo?
- É Sofia, dessa vez não consegui largar um livro que encontrei escondido na biblioteca ontem.
- Você ainda vai ficar doente se continuar desse jeito Samanta.
- Não se preocupe Sofia, tenho uma saúde de ferro e já estou acostumada a dormir pouco.
- Sei disso, mais você devia se cuidar mais, e devia se divertir um pouco também. Sair mais, procurar amigos novos...
- Eu sei aonde você quer chegar Sofia. Não vai começar a falar novamente que tenho que procurar um novo marido, que não posso ficar o resto da minha vida sozinha, etc... Não vai começar esse discurso novamente, já te falei que isso deve ser natural, quando chegar a hora ele irá aparecer.
- Se continuar enfornada em bibliotecas e nesta casa, nunca vai aparecer ninguém.
- Mais eu não vivo somente em bibliotecas, você esqueceu que dou aulas na universidade?
- Como eu poderia esquecer isso se é justamente por causa da universidade que você lê tanto.
- Sofia, já te falei que ler é a melhor coisa da vida... Bom, vamos falar disso mais tarde, deixe-me terminar o meu café porque tenho que sair.
Samanta sentou-se em sua cadeira no seu lado preferido da mesa, já estava tudo posto para o seu desjejum como todos os dias. Tomou primeiro um copo de suco de laranja, comeu uma torrada e alguns pedaços de queijo. Era pouco geralmente comia uma fruta também, mas estava sem fome.
Levantou-se, e foi para a sala pegar suas coisas, atravessou o hall entre a cozinha e a sala passando pela dispensa até chegar à sala de jantar, onde havia deixado suas coisas. Sua casa era grande, com duas salas, uma de jantar e uma de estar com lareira, ainda no andar térreo havia um escritório todo equipado e confortável, herança de seu ex-marido, mais que ela não gostava de ficar lá, preferia sempre a sala de jantar, no piso superior havia três suítes espaçosas, sendo que a principal também com uma lareira. Era uma ótima casa, na garagem dois carros, sendo um esportivo que ela gostava muito.
Não era milionária, mais estava bem de vida, seu marido além de deixar a casa e os carros, ainda lhe dava uma gorda pensão mensal que poderia fazer com que ela não precisasse trabalhar, mais ela nunca deixou de trabalhar, mesmo quando era casada, não nasceu para ficar presa em casa, gostava de ter uma atividade.
Quando estava chegando à porta para sair ouviu a voz de Sofia.
- Samanta... Vai almoçar em casa?
- Não Sofia, tenho muito trabalho hoje, como qualquer coisa por ai.
- Esta bem. Quer algo especial para a noite. Posso preparar alguma massa.
- Você escolhe Sofia, sei que tem um ótimo bom gosto, faça aquilo que achar melhor, você sabe que adoro tudo o que você faz. Ate logo Sofia, não me espere, assim que terminar pode ir para sua casa descansar.
- Ate logo Samanta, se cuide.
- Tchau mamãe......
Samanta foi até a garagem abriu a porta do seu Porche, jogou suas coisas no banco de passageiro e sentou-se. Aquilo é que pode se chamar de carro, ela sabia que existem outros carros mais luxuosos, modernos e mais possantes, mais para ela seu Porche era o carro ideal, ...... ligou o som cd e logo começou a tocar Bob Dylan, seu cantor favorito, ficou quieta um pouco escutando a musica ..... ligou o carro, abriu a porta da garagem e foi embora, direto para a universidade, tinha um encontro com o reitor às dez horas, e não queria chegar atrasada, seria uma enorme gafe, sem contar que ela não sabia qual era o assunto, estava curiosa.
No caminho entre sua casa e a universidade, ficou pensando em Sofia, sua vida foi muito sofrida.........
Chegando à Universidade, estacionou seu carro o mais perto possível da porta de entrada do prédio principal, largou suas coisas dentro do carro e foi direto para a sala do reitor, subiu um lance de escada e foi até o fim do corredor, antes de bater na porta, olhou a placa: Dr. Bartolhomeu Kruskey – Reitor, achava este nome à cara dele, bateu na porta e entrou, bem em frente à porta ficava a mesa da secretária Srta Presley, será parente do Rei? Não ela não tinha nada do Rei.
- Bom dia Sra. Walder, como vai? Aguarde um pouco que o Reitor já ira atende-la.
- Bom dia Srta. Presley, mais pode me chamar de Samanta.
- Esta bem sente-se, gostaria de alguma coisa?
- Não obrigada.
Sentou-se em um sofá que estava do lado esquerdo da secretária, e começou a pensar em como seria a vida dessa jovem...... foi interrompida de seus pensamentos quando a Srta Presley lhe chamou.
- Sra. Walder, pode entrar, por favor, o Reitor ira lhe atender agora.
- Obrigado. (não tinha jeito, ela iria sempre lhe chamar de Sra.Walder, como se fosse de propósito).
Samanta entrou na sala, era uma sala enorme com várias estantes até o teto abarrotadas de livros, no centro da sala a mesa em forma de L com um computador e papeis espalhados por todos os lados, a sala apesar de ser grande, parecia muito menor, talvez por causa da bagunça de livros e papeis espalhados.
- Olá Samanta como vai?
- Bom dia Dr. Kruskey.
- Sente-se Samanta, é sempre muito bom quando você vem aqui, parece que o meu dia fica muito melhor quando isso acontece.
Samanta sentou-se e imaginou se isso era um elogio ou se ele estava lhe dando uma cantada, ela nunca sabia.
- A cada dia que passa você fica cada vez mais bela, parece que esta rejuvenescendo.
- Obrigado, Dr. Kruskey, o senhor é muito gentio.
Há, isso é mais que um elogio e uma cantada, pensou Samanta
- Bem Samanta, o motivo pelo qual lhe chamei, é que encontrei em uma caixa que estava esquecida em um canto da universidade, parece que há séculos, e dentro dela encontrei vários papeis velhos e um livro bem antigo, e achei que você iria se interessar em vê-los.
- Mais porque eu?
- Porque sei que você adora desafios.
- Desafios? Qual o desafio em ler um livro e papeis antigos?
- É que esse livro e papeis estão escritos em uma língua que eu não consegui identificar, parecem terem sido escritos em uma língua estranha, que eu desconheço, esse é o desafio, tentar desvendar este enigma.
- E onde estão?
- Bem aqui.
O Dr. Kruskey abaixou-se e pegou uma velha caixa em madeira velha, que parecia ter mais de 200 anos, e entregou-a a Samanta.
Samanta pegou a caixa como se estivesse segurando uma peça muito delicada e que poderia se quebrar a qualquer toque, a impressão que ela tinha era essa mesmo, segurou com as duas mãos aquela caixa colocou em seu colo e abriu-a, seus olhos ficaram brilhantes diante daquele livro antigo, suas pupilas aumentaram de tamanho diante de tal relíquia.
Começou a remexer a caixa separando os papeis, como que se organizando primeiro para começar a olhar melhor depois. Entre o livro, um lhe chamou mais a atenção, pois na capa velha do livro, continha um amuleto, com desenhos estranhos mais muito bonitos, estava começando a abrir o livro quanto o Dr. Kruskey falou:
- Querida Samanta, pelo que vejo você adorou, da para perceber pelos seus olhos, mais você não vai querer ficar aqui na minha sala olhando todos esses papeis vai? Não que eu não goste da sua presença, ao contrario, a sua presença aqui deixa este lugar menos sombrio. É que estou muito ocupado hoje, estou sem tempo, mais lhe prometo que a nossa próxima conversa será muito mais longa.
- Oh Dr. Kruskey me desculpe, vou levá-los para a minha sala, lá posso examiná-los com mais calma.
- Obrigada querida. Você tem todo o tempo do mundo para desvendar esses manuscritos, mais não se deixe envolver somente com isso, quero você trabalhando naquelas pesquisas antigas também ok.
- Está bem Dr. Kruskey.
Samanta fechou a caixa e levantou indo a direção à porta, quando o Reitor falou:
- Há Samanta, deixe-me informado com suas pesquisas esta bem.
- Ok Dr. Kruskey, conforme vou descobrindo algo vou lhe informando.
- Há, outra coisa Samanta, me chame somente de Kruskey, fica mais informal.
Samanta acenou com a cabeça e saiu, passou pela secretária e nem mesmo se despediu, foi direto para a sua sala que ficava no terceiro andar, estava ansiosa para olhar tudo. Subiu as pressas pela escada lateral, era mais cansativo mais estava com pressa e ir até o meio do corredor e esperar o elevador parecia levar muito tempo, e ela gostava de andar quando podia, era uma das formas de se exercitar, achava que todo mundo deveria andar mais, fazer um pouco de ginástica, os médicos estavam cansados de recomendar isso, e porque as pessoas não faziam? Não entendia as pessoas.
Chegando ao terceiro andar, estava um pouco sem ar, não deveria ter subido correndo as escadas, atravessou o corredor, pois sua sala ficava no lado norte do prédio, na outra extremidade do corredor. A universidade estava quieta naquele dia, atravessou todo o corredor sem ao menos encontrar uma única pessoa, era muito estranho, pois sempre havia muita gente andando de lá pra cá todos os dias. Bem deve ser o horário, pensou Samanta.
Chegou a frente a sua sala, virou-se para trás para observar novamente o corredor, não havia ninguém, mais ela tinha a sensação de que alguém a observava. Ficou um tempo olhando para ver se aparecia alguém, após alguns segundos falou:

- Ora Samanta, isso é bobagem. – abriu sua sala e entrou.

Capitulo 2

Tom estava observando aquilo que parecia um corpo. Já tinha visto muitos corpos de pessoas mortas antes, mais nada parecido com aquilo. Estavam aguardando a chegada dos peritos com aqueles apetrechos todos para tirarem fotos, impressões digitais e mais outras coisas que esses caros fazem quando acham um corpo.
Aquilo era muito estranho, o corpo parecia que havia sido “esvaziado”, estava totalmente em pele e osso literalmente, era até difícil identificar o corpo de tão “estranho” que estava aquele corpo. Estava acostumado a ver corpos mutilados, esmagados, sem parte da cabeça por tiros aplicados a queima-roupa, mais nunca tinha visto isto. Ficou observando por vários minutos tentando descobrir como um corpo podia ser “esvaziado”. Estava longe em seus pensamentos quando chegou o pessoal da perícia.
- E aí Tom, o que têm para nós?
- Ola George, parece que vocês irão ter muito trabalho hoje, - Tom apontou para a vitima.
- Nossa isso é muito esquisito, não acha?
- Se acho. Já viu algo parecido?
- Não. Parece que o cara foi sugado!
- É também a minha impressão. Estava aqui pensando como isso pode acontecer.
- É você tem razão. Vamos ter muito trabalho hoje, essa tarefa não me parece que vai ser muito fácil. Você vai querer ver alguma coisa?
- Sim George, gostaria de ficar informado de tudo o que conseguir, resultado da autopsia, impressões digitais e tudo o mais.
- Esta bem, vou te deixar informado. Vou te mandar umas copias das fotos também, OK?
- OK, obrigado.
- Agora me deixe trabalhar Tenente, vou pedir que a minha equipe entre para terminarmos logo com isto.
- Já estou indo George.
Tom agradeceu George e saiu de encontro ao seu carro parando antes na entrada para determinar a um policial que estava na entrada para não permitir a entrada de nenhuma pessoa estranha no local principalmente jornalistas. Não gostaria de ver fotos desse corpo nas paginas dos jornais, isso poderia causar preocupação principalmente se os jornais sensacionalistas aparecessem, aí sim teria um problema. Não gostava nem um pouco de repórteres, eles só atrapalhavam as investigações. Já havia brigado e discutido com vários deles. Não gostava deles e muito menos eles gostavam de Tom. Na primeira oportunidade que tinham, metiam o sarrafo no tenente, falavam mal dele, inventavam mentiras, falavam até de sua vida pessoal. Se um dia pudesse pegar um desses...... folgados, era assim que Tom via, um bando de folgados.
Entrou em seu velho Buike prateado e antes de sair acendeu um cigarro dando um longo trago jogando a fumaça para cima e ficou observando as várias formas que a fumaça de seu cigarro fazia. Isso parecia fazer com que ficasse mais relaxado e pensava melhor quando estava relaxado. Fumou todo seu cigarro antes de ligar o carro e partir para a delegacia. Aquela manhã não havia começado bem. Não era a primeira vez que era acordado cedo para atender um chamado. Mais ver um corpo naquele estado antes mesmo de tomar o seu café da manhã, era de deixar qualquer um sem apetite.



***

Samanta estava entretida em sua nova leitura. Aquilo era uma preciosidade. Sempre pesquisou coisas antigas, mais nunca em primeira mão. Aquilo na sua frente parecia algo novo, como se ninguém houvesse visto antes. Já tinha folhado o livro por várias vezes, como se tivesse esquecido de observar alguma coisa importante. Ainda não conseguia entender o significado das escrituras, precisaria pesquisar suas anotações para descobrir em que língua antiga foi escrita. Mais só o fato de olhar sabia que era algo diferente, tinha um aspecto diferente. Sem contar com as ilustrações do livro. Desenhos que lhe pareciam satânicos a primeira vista. Formas inumanas com chifres, e pés em forma de patas. Como eram descritos os seres diabólicos da antiguidade. Já tinha visto desenhos parecidos em suas pesquisas. Desde milhares de anos atrás, que a humanidade fala de deuses, diabos, seres em formas estranhas, em todas as crenças havia citações de seres diabólicos. Samanta estava tão absorvida em seu tesouro que nem percebeu as horas passarem. Levou um tremendo susto quando seu telefone tocou. Quase caiu da cadeira.
- Alô.
- Sam? É a Anne, esqueceu do nosso encontro? Já são quase quatro horas.
- Ó desculpe Anne estive tão entretida em uma pesquisa que nem percebi as horas passarem. Espere-me que já estou saindo.
- Pesquisa? O que está pesquisando? Espero que seja algum gato para um encontro.
- Pare com isso Anne, é apenas uma nova pesquisa universitária.
- Eu já sabia, você só pensa nisso. Preciso lhe ensinar algumas pesquisas no campo de homem. Você não sabe quanta coisa se tem para estudar!
- Anne!!! pare com isso, você só pensa nisso?
- E tem outra coisa para se pensar, sem ser em um homem gostoso?
- É claro que tem outras coisas para se pensar, você parece uma tarada. Fique onde está que já chego. Há, e outra coisa, não agarre ninguém enquanto isso.
- Esta bem, mais não demore. Você não sabe o que passa em minha cabeça quando fico sozinha.
- Eu sei. Fique calma. Até já.
- Até já Sam.

Samanta desligou o telefone e juntou toda a papelada que havia espalhado em sua mesa. Guardou tudo em sua bolsa, pois sabia que não iria resistir em tentar desvendar o mistério daquele livro ainda hoje. Havia se esquecido completamente do tempo. Sua amiga Anne era um pouco doida, mais muito legal. Sabia que podia contar com ela para qualquer coisa que precisasse, e nunca deixava de comparecer a um encontro com sua amiga, mesmo quando tinha algum outro compromisso. Tinham combinado que toda quinta-feira se encontrariam no bar do Joe, mesmo que se encontrassem no dia anterior, tinha sido como um pacto, toda quinta-feira encontro no bar para conversas e troca de idéias. Samanta gostava desses encontros, passava horas conversando com sua amiga. Anne era como se fosse a sua irmã, podia lhe confiar qualquer segredo, pois sabia que ela jamais contaria algo seu para qualquer pessoa. Seu único defeito é que ela não se contentava em ficar com um único homem. Não conseguia entender como ela podia trocar de parceiro tão rapidamente. Ela parecia insaciável. Mais era uma pessoa adorável e muito engraçada. Samanta gostava de estar com ela e, além disso, era sua melhor amiga.